tag:blogger.com,1999:blog-72648126076544041692024-03-13T12:14:52.227-07:00Histórias Curtas e AfinsHistórias Curtashttp://www.blogger.com/profile/00653672739783480959noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-7264812607654404169.post-53901149871198007152011-03-05T14:58:00.001-08:002011-03-05T14:58:19.864-08:00Amor de Carnaval!!Aí vai minha outra história, inspirada na folia de momo.<br />
Espero que gostem,<br />
Ju.<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amor de Carnaval</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Queria tomar um chocolate quente na cafeteria para espantar o frio atípico daqueles dias de momo, mas chegar lá não estava fácil: pelo caminho, a massa humana insistia em se espremer e esbarrar em si; seu guarda-chuva estava quebrado e suas roupas ensopadas, apesar de não ter ficado tanto tempo ali.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">A multidão, alheia às adversidades climáticas e à sua existência, acompanhava o bloco ao som do “hit” do momento.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em meio àquela confusão de água, trombadas e “esfrega- esfrega”, deu com longos e molhados cabelos cacheados, acompanhados de um par de olhos castanhos não muito grandes e uma boca carnuda, vermelha, ornada por dentes brancos. Um rosto comum, acompanhado de um corpo maior do que o considerado “normal” ou “tolerável” na sociedade da qual fazia parte.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A aproximação ocorreu sem qualquer problema: perguntou-lhe o nome, obteve resposta; diante da receptividade, o convite para “conversar em um lugar mais calmo” e não demorou a tê-la em sua cama e concretizar o que havia planejado, vivendo uma loucura, quatro dias que seriam esquecidos facilmente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Tão facilmente que, vários meses, ainda se lembrava daqueles momentos como quando aconteceram, sentindo o aroma que ela exalava, a textura da pele, a maciez dos cabelos, seus contornos...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ainda estava presente o paladar daquela boca, quando se lembrava dos beijos que trocaram; ela provocava, beijando levemente seus olhos, depois as bochechas, depois a ponta do nariz e, por fim, o lábio superior, para só então invadir a boca com seu gosto doce e quente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Finalmente, recordava da sensação de liberdade e da alegria que lhe despertou; ao lado dela, não precisou fingir ser o que não era: andou de pés no chão, riu a plenos pulmões, comeu à vontade, deixou de fazer exercícios, fez amor como sempre quis.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Andaram de mãos dadas, por todos os cantos daquela cidadezinha, lugar de sua aventura, o mundo daquela que se tornou seu presente, ao menos naquela semana...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Partiu. Simplesmente. Nem uma palavra. Sem abraços. Sem beijos. Sem a promessa de um possível retorno, embora soubessem que estavam eternamente ligados, enquanto aquelas lembranças povoassem suas mentes.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Esses pensamentos borbulhavam em sua cabeça e por ela passava uma série de sentimentos: a alegria do retorno, a saudade saciada...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Notou um burburinho na praça, onde se conheceram; um grupo de mães com seus filhos brincavam ali.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Observando de longe, notou a jovem, que parecia segurar um bebê.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Diante de seu grande amor, os olhos da jovem marejaram; ela, então, virou-se rapidamente na direção do homem que a chamava.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um homem já velho, que a pegou pelo braço e a levou para uma casa do outro lado da praça.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Olhando para trás, percebeu o amor que ela sentia e a besteira que fizera, abandonando ao seu grande amor, bem como ao seu filho.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"><span style="font-family: Calibri;"> </span></span></div>Histórias Curtashttp://www.blogger.com/profile/00653672739783480959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264812607654404169.post-24449430360760644842011-02-27T07:47:00.000-08:002011-02-27T08:00:18.836-08:00Minha primeira históriaBom dia a todos que lerem este blog, que a paz de Deus esteja com vocês, independente de religião, raça, visão política, peso ou aparência física.<br />
Esta é uma história escrita há tempos, em 2008; foi escrita a pedido da professora de Prática de Leitura e Produção de texto e a mesma deveria ter um final surpreendente.<br />
Como queria uma história com elemento de mistério, escolhi o mistral, um vento que sopra na Europa no outono, que caracteriza-se por ser mais frio e muito seco.<br />
Espero que gostem!<br />
Beijos, segue a história.<br />
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<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Mistral</b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Meia-noite... Lá fora, o mistral arrancava as folhas das árvores e levava consigo as que já se tinham caído no fim da triste e fria tarde outonal; nada ficava, além das parreiras e grandes olivais que produziam o melhor azeite e vinho de toda Provença, que ganhava ainda mais charme naquela época do ano.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Do lado de dentro do imponente castelo, o duque de Luberon, deitado, de olhos fechados, rememorava dolorosas lembranças, que o barulho do vento tornava ainda mais pesadas; remexia-se em sua cama, que apesar de forrada do mais fino cetim e com quentes cobertores de penas, não provia o repouso necessário.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Pensava <personname productid="em Georgette Lorriane" w:st="on">em Georgette Lorriane</personname>; doía-lhe a consciência quando lembrava-se da esposa, afinal ela morrera por sua culpa; se ele não a tivesse traído, nada disso se teria passado; mas ele, homem galanteador e fraco, deixou-se envolver por Marie-Antonniette, que apesar de meretriz, era a mulher mais bela de Marselle, bem como de toda a região, desde o condado de Nice até o ducado de Moselle.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Recordou-se do passado distante, e logo chegou-lhe a lembrança daquela madrugada em que estava em Barrois com sua amante; o mistral soprava tal como agora; eles comiam queijo e tomavam vinho, em meio a uma aura de sensualidade provocada pelo clima, bem como pela bebida e pelo corpo macio e perfumado da bela cocotte...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Entretanto, seu servo o tirou da modorra, avisando- o da morte de sua mulher, já há alguns dias; o filho que ela esperava saiu da mãe preto, seco e endurecido, o que comprovava que a moléstia que o vitimara, bem como a Georgette Lorriane, era realmente grave.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Atormentado pela culpa de ter deixado a esposa só, entregou-se ao desespero e à depressão que aos poucos o afastaram da frívola vida da corte; então, o duque passou a viver encerrado em seu mundo de remorso e tristeza.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">A única razão que o impedia de acabar com sua vida era a existência de Chantal, que aos dez anos ficara sem mãe.<br />
O fruto desse casamento, ocorrido por conveniência, já que o duque não amava de fato a esposa, era o retrato vivo de sua genitora: os cabelos negros levemente ondulados, penteados à época, caíam-lhe pelas espáduas graciosamente envoltas pelo decote do vestido cor-de-rosa, cujo corpete, rebordado de pequeninas flores de safira, destacava sua esbeltez e realçava a alvura de sua pele; os olhos amendoados demonstravam um brilho púbere, que contrastava com a sensualidade de seus lábios volumosos, de onde por vezes escapava o riso infante.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Na verdade, após a morte da esposa, o duque passou a dedicar-se somente à menina, chegando a cuidar pessoalmente de sua educação, de modo que, aos dezoito anos, Chantal personificava aquilo que a corte francesa consideraria a perfeição.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Esta tinha tanta semelhança com aquela que lhe deu à luz que por vezes era confundida com a mesma, quando desavisados que desconheciam sua orfandade adentravam o castelo e viam o retrato de uma bela jovem sorridente logo á entrada.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Essa circunstância devia-se ao fato de sua mãe ter falecido também muito jovem, sem ter ainda as devastadoras marcas do tempo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">O duque, ao vê-la, regozijava-se por sua sorte e por seu trabalho; porém, a semelhança da jovem com sua falecida esposa perturbava-o; por vezes chegava a sonhar com a esposa, cuja imagem, em seus devaneios noturnos confundia-se com a da filha.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Tomado de inquietação por seus sentimentos impuros e desesperado por conta de sua situação, ordenou que ela fosse transferida para a ala norte do castelo, onde ele se julgava livre de sua incômoda presença.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Mas aquela criatura, que impregnava cada parte comum do castelo com seu doce e suave perfume de rosas, aquele demônio de saias e corpete, já fazia parte de si e já habitava o coração daquele homem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>modificado pela dor da culpa e do arrependimento, tornando-o ainda mais atormentado pela tentação do pecado.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Tanto que, naquela noite, o duque pensava <personname productid="em Georgette Lorriane" w:st="on">em Georgette Lorriane</personname>, mas ao lembrar-lhe o rosto, este transformou-se na imagem de Chantal; ele, apavorado, tudo fazia para desviar, em vão, seu pensamento.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Até que um torpor invadiu seu corpo, e a febre da paixão tomou conta de tal forma que, quando percebeu, já havia batido à porta de sua filha, que ao abrir assustada com a voz de seu pai, deparou-se com este, que invadindo sua alcova, tomou-a nos braços beijando-lhe os lábios com a avidez do adolescente que acaba de descobrir o amor.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Porém, não tardou que o duque voltasse a si, mais assustado com a reação da filha do que com sua própria loucura.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Na verdade, a filha do duque nada fez para desvencilhar-se de seus braços quando este invadiu seus aposentos; ao contrário, demonstrou a mesma paixão que o pai, no beijo correspondido.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Assolado por um remorso ainda maior que o habitual, tentou correr para a porta; queria sair dali, recobrar a consciência, mas as mãos da mulher que ali estava pesavam como chumbo quando esta o segurou pelo braço.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify;">_Fique, Bernard.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Completamente aterrorizado com a atitude da moça, Bernard permitiu-se conduzir até o leito, sempre olhando para aqueles olhos castanhos e enigmáticos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Calmamente, ela abriu seu armário, e tirou uma pequena caixa revestida de veludo vermelho e coberto de minúsculas pérolas.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Abrindo-a, retirou um envelope amarelecido pelo tempo onde se lia “À minha filhinha amada”, e o entregou ao pai.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Ainda aturdido, este abriu o envelope e passou á leitura da epístola, observado atentamente pela moça, que enxergava toda a beleza daquele homem, que apesar de seus quarenta anos transbordava <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>charme, que aliado à sua sisudez, o tornava irresistível.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Por que me escondeste tudo isso?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Era preciso, prometi à mamãe...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_E por que não te foste, quando decorrido o prazo?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Que querias? Dinheiro? Não bastava o que já te havia dado durante esses anos, cuidando de ti e de tua educação? Por que ficaste?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Sabes muito bem que não preciso do teu dinheiro. Mamãe me deixou um patrimônio considerável.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Bernard estava transtornado.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Chantal, apesar de nervosa, não o demonstrava, pois já imaginava que isso aconteceria, embora o medo de perder Bernard sobressaltasse o coração.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_No começo decidi que não viveria mais neste lugar, que tantas dores me causou e que tantas lembranças tristes me despertava, embora pudesse, com isso, denegrir a imagem de mamãe; entretanto, depois, vendo-te tão dedicado, reconheci que tu ficarias muito só se eu me fosse.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Isso não pode ser!- Ele soluçava.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Pode, claro que pode; o fato, Bernard, é que estando contigo, acabei acalentando uma paixão tão avassaladora quanto a tua, chegando a recusar os melhores pretendentes de França, que tudo faziam para vencer teu ciúme.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">Tentei esquecer esse amor e afogá-lo dentro de mim, mas assim como tu, não consigo mais suportar a tristeza de não te ter junto a mim...-ela chorava, bem como aquele homem que estava diante de si, e a quem há anos entregara a alma.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Enfim, Bernard, podes negar, mas o fato é que acima de tudo o que ocorreu, está meu amor por ti, que foi o que me prendeu a teu lado. Por favor, não o rejeite, pois é a coisa mais pura que tenho a dar-te e a única verdadeira ante toda a tragédia de nossa vida triste e solitária...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_E o conde de Saint Denis? Conhece o conteúdo desta carta?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_Sim; mamãe lhe escreveu uma semelhante a esta, contando-lhe tudo. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_E ele?- O remorso do duque havia rapidamente sido substituío pelo desespero.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_ Ele deseja que eu vá para seu castelo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_E tu? Acaso vais?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">_A menos que digas que minha permanência aqui não é de tua vontade e me expulses, nada irá tirar-me de junto de ti... </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify; text-indent: 38.25pt;">E foi após essas palavras que o duque de Luberon entregou-se ao amor daquela mulher, usando a arma da verdade contra todos os preconceituosos de sua época, vivendo feliz com Chantal, com quem conversava diante da lareira, com o mistral do lado de fora, arrastando as folhas e embalando o amor de ambos, que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>enxergavam na Provença outonal a mais bela paisagem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt -2.85pt; text-align: justify;"><br />
</div>Histórias Curtashttp://www.blogger.com/profile/00653672739783480959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264812607654404169.post-55773208505028270482011-02-24T08:07:00.000-08:002011-02-24T08:07:36.788-08:00Bem- Vindos!!Bem, queridos, este é meu primeiro blog, no qual praticarei uma de minhas atividades favoritas: escrever.<br />
É importante destacar que eu não sou escritora profissional, apenas deixo a minha criatividade fluir...<br />
Escrever para mim é mais do que algo que faço com o intuito de "agradar" aos outros, mas, principalmente, uma forma de expressar meus sentimentos e trazer à tona a minha verdadeira face.<br />
Como já disse, não sou profissional, por isso peço que não esperem obras-primas literárias, apenas histórias, que de alguma forma os permitirão distrair-se ao lê-las.<br />
Um grande beijo a todos!<br />
E aguardem minha primeira história!Histórias Curtashttp://www.blogger.com/profile/00653672739783480959noreply@blogger.com0